O DEMO BURLEIRO
demo, diañu burllón, tardo, trasgo ou trasgu, encanto, home-peixe...
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AS XÁCIAS
xanas, xairas, inxanes, xanes, janas ou anjanas, encantos, fadas, donas d'aigua, moras ou mouras, lami, lamiak, lainas ou lumias, ondinas, feiticeiras, velhas, senhoras e princesas...
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O TRASGO
tardo, trasgo ou trasgu, demo, diañu burllón, encanto, home-peixe...
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AS FEITICEIRAS
feiticeiras, velhas, senhoras e princesas, ondinas, encantadas ou encantos, fadas, donas ou donas d'aigua, moras ou mouras, xanas, lami ou lamiñaku, lavandeiras...
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A VELHA
velhas, feiticeiras, encantos, senhoras, mouras, bruxas, demos, fadas, donas...
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AS COBRAS
serpe, cóbrega, cuélebre, drago, crocodilo, coca ou coquetriz, tarasca, encanto, xerpa ou serpa...
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Os mitos dos antepassados deixam de manifestar-se, morrem com os derradeiros ribeiraos que os topavam, sem procurar um acomodo para eles nas narrações dos mais novos. Resistiram a romanização e o cristianismo: Martinho de Dume (518-525) e Frutuoso de Braga (579-665) reprovam -desde uma leitura romano-cristã- o culto aos demos expulsados dos céus que presidem o mar, rios, fontes e montes (Neptuno, Lámias, Ninfas e Dianas).
Os rios foram lugares de passo, sustento e lazer para a povoação das ribeiras. Espaço para a relação entre os homens, e destes com outros entes com os que compartiam território e disputavam valores morais (reflectem a mentalidade colectiva, explicam e justificam o passado e o presente, e mostram os projectos do futuro). Ao lembrar alguns traços daqueles mundos enlaçados saberemos um pouco mais da nossa herança cultural.
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