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Uma enorme descoberta foram as pirogas monóxilas do rio Lima. Contamos com seis embarcações escavadas em tronco de madeira, provenientes de recolha arqueológica subaquática, realizada desde 1985 a 2008, nos sítios de Lanheses e Passagem, das freguesias de Lanheses e Geraz do Lima, e que foram datadas desde a Idade do Ferro (séculos V a II a. C.) à Baixa Idade Média.

Lembramos que as embarcações monóxilas estão bem documentadas na Galiza, ainda na segunda metade do século XX, navegando em solitário ou formando parte de barcos de duplo casco, como o barco de dornas do Minho e outros rios como no Sil, Cabe, Bibei, Avia... E com réplicas navegantes desde os primeiros anos do século XXI na Ribeira Sacra.

Reaparecem em uso e no seu lugar, o rio Lima, as históricas pirogas monóxilas com Manuel João Castro Franco da Rocha, Caninhas, que em 2013 constrói uma a partir de um único tronco de carvalho. Depois, em quatro etapas, com dois pescadores de Lanheses percorre o Lima até Ponte da Barca. Também realiza uma réplica do barco de vela quadrangular redonda, denominados água-arriba, propulsado além disso com vara no leito e cordas desde as margens, desaparecido na metade do século XX, agora autorizado para percursos turísticos no rio Lima. E desde 2018 experimenta com pirogas monóxilas duplas, a modo de catamarã, seguindo modelos do Pacífico e do Índico.

Em 2020 as pirogas monóxilas do rio Lima estão propostas pela Direção Geral do Património Cultural para classificação como Conjunto de Interesse Nacional -CIN-, com a designação de tesouro nacional.



Barcas do Minho