Maquetas, painéis e artes de pesca
Desde 2001 oferecemos a mais completa mostra itinerante sobre a cultura fluvial, renovada em 2006 com nova apresentação, contidos e animação a visitantes.
Recolhe doze maquetas, obra de um talher de Vigo, das embarcações dos rios Minho, Sil, Cabe, Landro, Ulha e da lagoa de Antela.
Acompanhadas de uma gravação em vídeo, e com tábuas de fotografias e descrições -sobre artes de pesca, de peixes autóctones, os mitos dos rios, engenhos e tipologias de embarcações fluviais- que as contextualizam.
Combinados com modelos reduzidos de moinho, maço, batão e serra em movimento que esclarecem o mecanismo de trabalho dos engenhos da água. E reproduções dos mitos -demo burleiro, xácia, cobra- em tamanho natural.
A primeira e mais enteira exibição de artes de pesca fluvial permite conhecer instrumentos tradicionais dos rios do Noroeste Ibérico.
Mitos inseridos na mostra
Mosca, anzol e canas, corda ou palangre, fisgas, chuços, ranhas, francados ou arpões, tenazes, forcado e arco para caneiro, arca, botirão, massoira ou cabaceira e redeiro para pesqueira, nassas de cestaria, redote, ratel, varredeira, tresmalho, chumbeira ou tarrafa...
A cultura das ribeiras fluviais deve lembrar a pesca como uma riqueza do nosso passado: lampreia, enguia, sável, salmão, barbo, vermelha, pancha... Com a transmissão, mediante jogos para os mais novos, saberão da conservação do património próprio dos rios do interior.
Vídeo e monitor táctil
A mostra complementa-se com imagens e texto em painéis e gravação em vídeo mediante pantalha de plasma, onde se explicam os usos dos aparelhos de pesca nos rios. E também monitor táctil para interpretação da cultura fluvial e para o divertimento, com o jogo A Conquista dos Rios.
Podemos seguir o trajecto das embarcações na sua evolução, da nascente do rio ao mar, com o exemplo das tipologias do Noroeste Ibérico. Oferecemos as barcas originais, as últimas com estas formas resgatadas dos rios Minho, Sil, Ulha e da lagoa de Antela, e réplicas navegantes.
Experiências lúdicas
Do patrão universal, o tronco flutuante, derivam a jangada ou balsa e a canoa -considerada como o barco primeiro, sabendo das balsas no Minho e Sor, das jangadas no Támega, e canoas do Sil-, que unidas dão lugar ao barco de dornas dos rios galegos, formas com paralelismos eurasiáticos. Seguem os cascos de tábuas em fiadas sobrepostas -na dorna marítima, o rabelo do Douro e no carocho do Minho, de possível procedência nórdica- e a tope, os barcos propriamente ditos, que revelam contactos orientais chegados pelo Mediterrâneo com o Norte de Europa. Partimos da vara e o remo, seguem a corda, o velame -também nos rios galegos- e o motor desde o século XIX.
Melhor que primitivismo, as embarcações fluviais explicam a integração da natureza e a sociedade ao longo da história. A variedade, com mais de uma dezena de tipologias em trinta rios com navegação na Galiza, é sinónimo de riqueza cultural. Assim a exposição foi produzida para dar a conhecer o património das ribeiras fluviais.
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