Não são os únicos que mantiveram a tradição. Ao dar à luz os nomes queremos render homenagem à memória de muitos ribeirãos anónimos que ao longo dos tempos conservaram as embarcações da sua área. Pois estas pertencem ao nosso património, pela sua relação com a natureza, a história e a criação colectiva. A transmissão, em conversas de vagar, é a nossa principal fonte para a interpretação cultural -como resposta às necessidades humanas-, de tanto valor como a adquirida em qualquer escola, onde para aprender é imprescindível deixar falar e querer escutar os maiores.
Agradecidos por confiar-nos as barcas e pelos conhecimentos herdados. A perda de população e os novos modos de produção não precisam das embarcações fluviais para o futuro. Topar novas utilidades é a única garantia de continuidade para estas criações dos nossos avoengos.
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