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Em O Barco de Valdeorras, desde o Verão de 2001 estão a fazer, com o apoio do concelho, embarcações fluviais -de tipologia semelhante à chalana- no I Curso de fabricación de embarcacións tradicionais do río Sil. As jornadas de volta das barcas ao rio, um exemplo de recuperação projectada pela agrupação A Figueiriña Lanchas do Sil, com dezoito barcas de madeira para colocar no Passeio do Malecom, tinha lugar os dias 9 e 10 de Março de 2002. E segue com uma embarcação com as formas do Sil. De Fevereiro a Abril de 2003 desenvolve-se o II Curso, que somará outras treze barcas ao rio.


Com o descobrimento duma placa comemorativa, situada na lancha ornamental instalada no novo jardim do polidesportivo de Calabagueiros, deram começo as actividades, junto ao afundimento das embarcações na beira do rio, onde permanecerão mergulhadas até à jornada seguinte para provocar o inchado da madeira, selando as fendas entre as tábuas, acadando uma boa flutuação, além duma ceia com o mestre, alunos e amigos das lanchas.


O som das gaitas acompanha o acto de botadura das novas barcas ao rio Sil, colocadas na margem direita para a contemplação dos vizinhos. Uma mostra sobre embarcações fluviais de Galiza em maquetas e a visualização de vídeos sobre a cultura fluvial completam as actividades da volta das barcas ao rio. Embarcações que trazem lembranças para os maiores e achegam às crianças a um meio natural e cultural em processo de recuperação. E começam em Setembro de 2002 -com as Festas do Cristo- as Xuntanzas de Embarcacións Tradicionais em O Barco.



Em agosto de 2001 começa a andar o primeiro curso de fabricação de barcas tradicionais do rio Sil, uma iniciativa promovida desde a Concelharia de Formação Ocupacional e Participação Cidadã do Concelho do Barco, com a colaboração da associação de vizinhos Porto da Barca. Desde a primeira jornada o obradoiro de carpintaria instalado nos sotos do pavilhão de Calabagueiros foi-se convertendo em um fervedoiro de gente. Alunos, amadores ou simplesmente vizinhos movidos pela curiosidade, seguimos atentamente as evoluções do nosso mestre, o artesão Eduardo Ojea. E assim, levados pela experimentada mão do mestre, novas formas iam surdindo do pinheiro, do carvalho e do eucalipto, até rematar as dezoito lanchas que voltam às águas do Sil.


Não ficamos aqui, estendemos o campo de actuação do obradoiro: filmagem em vídeo das distintas fases do procedimento de construção, achegamentos de novas pessoas, contactos com colectivos afins, reprodução a escala do modelo das barcas do Sil, fotografias... Toda esta animada dinâmica interna foi um estímulo para nos decidirmos finalmente à constituição formal da associação A Figueiriña Lanchas do Sil, na qual o eixo referencial é claro: aproveitar ao máximo a paixão que os integrantes sentimos pelas barcas e, em geral, pelo nosso rio. Condição que, por outra banda, expressa o nome escolhido para o novo colectivo, como micro topónimo fluvial duma zona moi estimada pelas pessoas que no passado tiveram uma relação mais directa com o rio, nomeadamente os pescadores.






A FIGUEIRIÑA
Lanchas do Sil


Barcas do Minho